segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Que quer dizer – nos “O Menino Jesus à janela” ?…


      Quer dizer-nos que, no Natal, celebramos o seu Nascimento em Belém, na Palestina, no tempo do Rei Herodes! E que Maria, sua Mãe, por não terem encontrado outro lugar, O envolveu em paninhos e O deitou numa manjedoura de uma gruta onde, por vezes, pernoitavam animais…
      S. Lucas no seu Evangelho, explica-nos com mais pormenores o acontecimento, ao dizer que Jesus Cristo nasceu em Belém de Judá, num momento bem determinado da História: nasceu em tempos de César Augusto, imperador de Roma, que reinou de 30 Anos a. C. - 14 Anos d. C.
       Nasceu nos dias em que se promulgou um édito do Imperador, para que se recenseasse todo o povo do Império. Este censo foi um acontecimento social e político.
      Providencialmente, Deus serviu-se deste decreto do imperador romano para que Maria e José se encaminhassem para Belém, a terra dos seus antepassados, e ali nascesse o Messias, como havia sido anunciado pelos profetas, e constava nas Escrituras.
            Para lá se dirigiram levando o imprescindível. O burrico carregava as provisões e a roupa; por vezes, servia também de meio de transporte, levando Maria sobre o seu dorso, para que descansasse um pouco…
      Em Belém, José bateu a muitas portas mas, diz-nos S. Lucas, que ninguém os recebeu, pelo que se viram forçados a optar por uma gruta que servia de estábulo, nas redondezas. Ali se alojaram, com as poucas coisas que tinham conseguido levar de Nazaré: os paninhos, alguma roupa e pouco mais!
    E, naquele lugar, depois de se ter cumprido para a Virgem o tempo, deu à luz o seu Filho! … É, realmente, paradoxal que Deus, o Todo-Poderoso, ao fazer – Se Homem, tenha escolhido o mais pequeno lugar para aparecer na terra, um miserável estábulo de Belém!
      Mas simultaneamente, nas redondezas, um anjo rodeado pela luz da glória divina aparece aos pastores que, no campo, guardavam os seus rebanhos. “Não temais”, diz-lhes o anjo, “anuncio-vos uma grande alegria que o será para todo o povo. Hoje, na cidade de David, nasceu-vos o Salvador, que é o Cristo, o Senhor!” Isto vos servirá de sinal: “encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura!...Enquanto ele pronunciava estas palavras, juntou – se – lhe uma multidão do exército celeste louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens, de boa vontade”!...
      Um sinal simples, mas para os pastores bastou! Partiram pressurosos, levando alguns presentes para o recém-nascido, como era costume no mundo oriental. Talvez um cordeiro, queijo e manteiga; leite e mel, algum agasalho… Talvez uma manta!... Chegados à gruta, encontraram tudo conforme lhes tinha sido anunciado e, caindo de joelhos, O adoraram!...
       Felizes, os pastores correram a comunicar a toda a gente de Belém o que, maravilhados tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado: O Nascimento do Messias, o Salvador da Humanidade!
      Diz-nos S. Lucas que “Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração”!...
      Nós também temos consciência de que celebramos no Natal, o acontecimento mais importante da História da Humanidade! Apesar disso, detetamos  tentativas de algum silenciamento programático, ideológico, do religioso no espaço público. Os crucifixos têm recebido também ordem de expulsão de muitos lugares públicos, e foi chumbada, no início, a referência ao Cristianismo na “Constituição Europeia”…
      Por outro lado, temos assistido a tentativas diversas, de ir escondendo o Nascimento de Jesus Cristo como facto central da história da humanidade. Veja – se, por exemplo, como o Pai – Natal tem andado por aí, a gerar alguma confusão, sobretudo nas crianças; e algumas outras personagens imaginárias de publicidade comercial, de cadeias de supermercados!... Diante do pluralismo e relativismo tão em voga nas sociedades do ocidente, é imperioso que se viva em coerência de convicções, sobretudo as religiosas, celebrando-as pessoal e comunitariamente, com a dignidade que requerem transmitindo, sobretudo aos mais novos, o que identifica os dias que correm, as razões de celebrações em família e a época temporal em que se inserem.
      Por tudo isto, valorizamos e agradecemos mais uma vez, a iniciativa “Estandartes de Natal”, como uma excelente oportunidade para recordar e afirmar publicamente por que se celebra o Natal! O Estandarte, com a imagem amabilíssima de Jesus Menino, que colocamos na janela ou na varanda, recorda na sua simplicidade e humildade, que há mais de 2000 anos nasceu em Belém de Judá o Messias, o Filho de Deus, o Redentor, Aquele, sem o qual não entendemos a vida nem a história!...

Maria Helena H. Marques
 Prof.ª Ensino Secundário

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