quinta-feira, 22 de março de 2007

“Que é o amor?”



O amor conta com tantos ingredientes!...

Tem de tudo um pouco; sente-se alguma coisa, prescisa-se de algo, tem de se expressar essa coisa...; a pessoa no seu todo, e também os gestos corporais começam a actuar e a crescer.

E vem esse murmúrio autêntico do “...sinto-me muito perto de ti, quero dizer tudo o que quero sentir; quero sentir tudo isso que quero dizer...; quero, já no presente, todo esse projecto de futuro que procurava e que encontro contigo; os meus gestos corporais pedem autenticidade, quero abandonar-me em ti, e perder a consciência, e deixar-me levar, e sentir e amar...”

Tudo isso é verdade, e é muito belo, ainda que, felizmente, seja apenas a ponta de um "iceberg" de tudo o que é o amor humano; o gesto corporal amoroso pede intimidade, e a intimidade pede a eloquência do corpo...; a intimidade corporal é a manifestação do amor, mas se reduzirmos a isso o amor, se centrarmos os comportamentos humanos no “progresso” de mecanismos sexuais, se não está no marco idóneo, quebra-se aquilo que é genuíno da conjugalidade: a relação das almas, a concórdia dos caracteres, e tantas outras formas de ternura e de compromisso; também face à dor e ao sofrimento.

Se se coloca a sexualidade como o único e o primeiro aspecto nas relações amorosas homem-mulher, a experiência dita que nos incapacitamos para o que efectivamente procurámos.


Quantos casamentos desfeitos e desiludidos...! (...)

Na relação conjugal, no amor que um e uma dão um ao outro, manifesta-se o filho.


Filho e amor. Coincidem o mais profundo acto unitivo corporal do amor com o facto de conceber: intimidade e doação; doação e fruto (...).
(Mesmo para os casais que não puderam ter filhos isto é verdadeiro. Ser pais não é um mero acto físico).

Autora: Gloria Maria Tomás y Garrido

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