Uma menina ruiva, miudita, de faces rosadas, recriminava com a sua boneca em altos gritos:
“Tonta! És uma boneca tonta!”
Um homem que por aí passava deteve-se diante dela. A pequena não se calou; parecia tão absorvida nas suas recriminações, que nem deu conta dos olhos do homem que a observavam.
– “És uma atrasada! Estou farta!...” – a menina continuava gritando.
O quadro era muito característico. O homem aproximou-se mais. Arqueou as sobrancelhas e perguntou:
– “A tua boneca sabe ouvir?”
– “Que importa!” – respondeu a pequena, com cara de enfado.
O homem ficou mudo e surpreendido. Como é que uma menina tão linda e tão pequena era capaz de responder assim aos mais velhos?
– “Ouve “– disse-lhe – “não sabias que eu sou...?”
– “Tonta!” – exclamou outra voz – “Que te disse eu antes de sair de casa, eh atrasada!? Parece que tens pedras na cabeça. Já, para a casa!”
Uma mulher jovem, exasperada, aparecia à frente do homem e da menina. Era a mãe da pequena e vinha gritando. Ao escutá-la, a ruiva miudita baixou os olhos. A sua carita encheu-se de tristeza.
– “Que esperas? Para a casa!” – rugiu a mulher de novo.
O homem contemplava tudo, boquiaberto. A última coisa que escutou foram os soluços da pobre menina, que caminhava ao lado da mãe. Assim compreendeu...
Os miúdos são os mais sofisticados aparelhos de recepção. Aprendem imitando. Imitam o que os seus olhos vêm, e o que os seus ouvidos ouvem. São como as esponjas: absorvem tudo o que se passa à sua volta, sem distinguir o mau do bom. Limitam-se a pensar: “Assim é que a mamã faz”. Todos os miúdos são as mais potentes e avançadas antenas parabólicas do nosso planet
As crianças aprendem com o exemplo!
quarta-feira, 14 de março de 2007
Dá que pensar! [1]
[1] www.catholic.net
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