quarta-feira, 4 de julho de 2012

 NÃO SOMOS NÓS QUE NOS FAZEMOS CRISTÃOS


 "(...)Uma segunda consequência daquilo que eu disse é


que nós não nos fazemos cristãos.


Tornar-se cristão não é algo que deriva


de uma minha decisão: «Agora faço-me cristão».


Sem dúvida, também a minha decisão é necessária,


mas é sobretudo uma acção de Deus comigo:


não sou eu que me faço cristão,


mas eu sou assumido por Deus,


guiado pela mão por Deus e assim,


dizendo «sim» a esta acção de Deus, torno-me cristão.


Tornar-se cristão, num certo sentido,


é passivo: eu não me faço cristão,


mas é Deus quem me faz um homem seu,


é Deus quem me toma pela mão


e realiza a minha vida numa nova dimensão.


Do mesmo modo como não sou eu que me faço


viver a mim mesmo, mas é a vida que me é dada;


nasci não porque me fiz homem,


mas nasci porque o ser homem me foi dado.


E este facto do passivo,


de não nos fazermos cristãos sozinhos,


mas de termos sido feitos cristãos por Deus,


já inclui um pouco o mistério da Cruz:


só morrendo para o meu egoísmo,


saindo de mim mesmo, posso ser cristão.


CONGRESSO ECLESIAL DA DIOCESE DE ROMA

"LECTIO DIVINA" DO PAPA BENTO XVI

Sem comentários:

Enviar um comentário