Reflexão
Partindo da realidade plenamente constatada de que a escola - tal como a sociedade - é um universo heterogéneo em que os alunos são todos diferentes no que se refere às suas capacidades, motivações , interesses, ritmos evolutivos, estilos de aprendizagem, situações ambientais, etc. e entendendo que todas as dificuldades de aprendizagem são, em si mesmas, contextuais e relativas, é necessário colocar o acento no próprio processo de interacção ensino/aprendizagem.
Sabemos que se trata de um processo complexo em que se incluem inúmeras variáveis: aluno, professor, concepção e organização curricular, metologias, estratégias, recursos.
Por tudo isto, a aprendizagem do aluno não depende somente dele, mas também do grau em que a orientação prestada pelo professor estiver ou não ajustada ao nível que o aluno apresenta em cada tarefa de aprendizagem. Se o ajuste entre o professor e o aluno for apropriado, o aluno fará progressos e efectuará aprendizagens qualquer que seja o seu nível.
As dificuldades face às propostas curriculares
É sabido e por demais evidente, que as pessoas não aprendem todas do mesmo modo. No entanto, vale a pena debruçarmo-nos um pouco sobre as diferentes formas de aprender.
A análise dos resultados de uma avaliação diagnóstica, confrontou-nos com a necessidade de praticar uma diferenciação pedagógica-didáctica. Diferenciar é, por definição, dar uma atenção, tanto quanto possível, individualizada a cada um, é tratar os alunos de maneira "diferente", consoante as suas necessidades.
Partindo da realidade plenamente constatada de que a escola - tal como a sociedade - é um universo heterogéneo em que os alunos são todos diferentes no que se refere às suas capacidades, motivações , interesses, ritmos evolutivos, estilos de aprendizagem, situações ambientais, etc. e entendendo que todas as dificuldades de aprendizagem são, em si mesmas, contextuais e relativas, é necessário colocar o acento no próprio processo de interacção ensino/aprendizagem.
Sabemos que se trata de um processo complexo em que se incluem inúmeras variáveis: aluno, professor, concepção e organização curricular, metologias, estratégias, recursos.
Por tudo isto, a aprendizagem do aluno não depende somente dele, mas também do grau em que a orientação prestada pelo professor estiver ou não ajustada ao nível que o aluno apresenta em cada tarefa de aprendizagem. Se o ajuste entre o professor e o aluno for apropriado, o aluno fará progressos e efectuará aprendizagens qualquer que seja o seu nível.
As dificuldades face às propostas curriculares
É sabido e por demais evidente, que as pessoas não aprendem todas do mesmo modo. No entanto, vale a pena debruçarmo-nos um pouco sobre as diferentes formas de aprender.
A análise dos resultados de uma avaliação diagnóstica, confrontou-nos com a necessidade de praticar uma diferenciação pedagógica-didáctica. Diferenciar é, por definição, dar uma atenção, tanto quanto possível, individualizada a cada um, é tratar os alunos de maneira "diferente", consoante as suas necessidades.
Como identificar correctamente as dificuldades dos alunos e saber o que convém a cada um?
Como pode o professor, com várias turmas e um número elevado de alunos por turma, praticar a diferenciação de ensino para ir de encontro às diferentes maneiras de aprender?
No sistema de ensino há vários níveis de actuação em alguns dos quais, nós professores, não podemos intervir. Por isso, a questão correcta deverá ser:
O que poderemos fazer ao nível de ensino em que nos situamos?
Normalmente, os professores vão de encontro às diferentes necessidades e potencialidades dos seus alunos por intuição. Isto acontece, por exemplo, quando fazemos propostas diferenciadas de trabalho que podem traduzir-se em exposições, pesquisas, realização de trabalhos individuais, debates, projectos, etc..
Para alguns especialistas todas as formas de diferenciação concreta de ensino, situam-se num "continuum" entre dois pólos, ou seja, entre uma diferenciação espontânea e uma diferenciação planeada.
No primeiro pólo, situam-se as intervenções imediatas que o professor utiliza face à diversidade de atitudes, ritmos de participação, esforços e difuculdades dos diferentes alunos. Esta forma de actuação é limitada pela falta de tempo e pela necessidade de ter todos os alunos interessados, ocupados e interessados, em simultâneo, não permitindo senão ajustamentos superficiais e circunstanciais.
No outro pólo, situam-se as intervenções mais ambiciosas que além de levar mais tempo exigem maior controlo e mais apoios.
Situar-se-ão mais perto do primeiro pólo as acções mais rápidas e, muitas vezes, inconsistentes enquanto ficarão mais próximas do segundo as que exigem maior tranquilidade e ponderação e, portanto, mais tempo. O que determina a actuação mais próxima de um ou outro pólo será o tempo, a energia disponível, a ocasião e a gravidade da situação.
Os sonhos pedagógicos, os sonhos de diferenciação fazem avançar a reflexão do professor, integram-se na sua experiência, tal como a acção concreta, animam a fragilidade de certas esperanças, podendo renascer numa situação análoga e assim, realizarem-se. No entanto estes sonhos de diferenciação podem ser vividos com uma certa frustração, e até culpabilidade, por parte do professor, quando entre o que sonhou e o que conseguiu ver realizado existe uma grande distância.
Pela nossa experiência pessoal sabemos que sonhar a diferenciação é a condição essencial para a tornar realidade.
De sonho em sonho, se pode ir mais longe...
Maria Helena Henriques Marques
Professora do Ensino Secundário
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