Com a convocatória do
próximo Sínodo dos Bispos sobre a Família, o Papa Francisco pretende ampliar a
vida das famílias mais do que afogá-las com casuísticas. Por isso vem
insistindo que o Sínodo se ocupará de muitos temas, como a formação para o
casamento, a educação dos filhos e o papel das famílias na nova evangelização.
O desafio é evitar que as informações jornalísticas sobre o Sínodo se centrem
só em polémicas, que não afetam todas as famílias.
A Assembleia-geral extraordinária, com
bispos de todo o mundo, terá lugar em Outubro de 2014. A esta seguir-se-á
uma Assembleia ordinária, para concretizar em linhas de ação as propostas
daquela. E a chave de ouro deste novo empurrão pastoral será o Encontro Mundial
das Famílias em Filadélfia, em Setembro de 2015.
O Santo Padre espera
do Sínodo que os Bispos ponham em relevo que a família é um bem para os
indivíduos e para a sociedade. “A nossa reflexão terá sempre presente a beleza
da família e do casamento, a grandeza desta realidade humana”… “ O que se nos
pede é reconhecer o belo, autêntico e bom que é formar uma família, ser família
hoje, como isto é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da
humanidade”.
Porque a Família é e continuará a ser a célula
base da sociedade, chamada a desempenhar a relevante função de assegurar a sua
renovação natural e harmoniosa.
Esta realidade patente e irrevogável é
assumida universalmente pelas mais diversas culturas e civilizações; é afirmada
pela revelação judaico – cristã; reconhecida de forma implícita pela nossa
Constituição da República e, explicitamente, pelo Código Civil Português.
Deste modo, a Família, fundada no
casamento entre um Homem e uma Mulher, tem o direito de ver reconhecida a sua
identidade única, incomparável, sem misturas nem confusões com outras formas de
convivência.
Segundo famosos especialistas destas
matérias a homossexualidade, por
exemplo, reflete a existência de desvios, problemas sérios de identidade
pessoal suscetíveis de resolução, desde que utilizados os meios necessários
adequados…
Afirmar a heterossexualidade como
requisito para o casamento, não é discriminar, mas partir de uma realidade objetiva
que é o seu pressuposto. O contrário, significa desconhecer a sua essência, ou
seja, aquilo que realmente, é.
A Família, como realidade constituída
pelo Homem, a Mulher e os Filhos, foi, desde os inícios da humanidade,
protegida pelas sociedades civilizadas, com a instituição do Matrimónio.
Confirma essa realidade, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, que exige “reconhecer o direito do homem e da
mulher a contrair matrimónio e a formar uma família”.
Por tudo isto, é responsabilidade
de todos nós, proteger e defender este bem precioso da humanidade, que é a
família natural!
Os Bispos Portugueses por sua parte, têm oportunamente
alertado para a campanha ideológica de
que tem vindo a ser vítima a família em Portugal.
Segundo D. Jorge Ortiga, a família
“encontra-se exposta ao relativismo dos valores, que têm vindo a degenerar em
anti – valores: ruturas familiares, crise social da figura do pai, dificuldade
em assumir compromissos estáveis, grave ambiguidade acerca da relação de
autoridade entre pais e filhos, o número crescente de divórcios, a praga do
aborto, etc., concluindo que é “fundamental que a família descubra, mais uma
vez, a sua identidade”.
Por outro lado, a Igreja tem vindo a
afirmar em diversas ocasiões que rejeita todas as formas de discriminação ou
marginalização das pessoas e dispõe-se a acolhê-las fraternalmente e a
ajudá-las a superar as dificuldades … Contudo, fiel à razão, à palavra de Deus
e aos ensinamentos recebidos, a Igreja não pode deixar de considerar que a
sexualidade humana, vivida no casamento, só encontra a sua verdade e plenitude
na união amorosa de um homem e uma mulher unidos estavelmente, pelo vínculo do
Matrimónio.
Maria
Helena Marques
Prof.ª Ensino
Secundário
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