sábado, 29 de novembro de 2014

A "Família", no centro das nossas atenções!

            Com a convocatória do próximo Sínodo dos Bispos sobre a Família, o Papa Francisco pretende ampliar a vida das famílias mais do que afogá-las com casuísticas. Por isso vem insistindo que o Sínodo se ocupará de muitos temas, como a formação para o casamento, a educação dos filhos e o papel das famílias na nova evangelização. O desafio é evitar que as informações jornalísticas sobre o Sínodo se centrem só em polémicas, que não afetam todas as famílias.
      A Assembleia-geral extraordinária, com bispos de todo o mundo, terá lugar em Outubro de 2014. A esta seguir-se-á uma Assembleia ordinária, para concretizar em linhas de ação as propostas daquela. E a chave de ouro deste novo empurrão pastoral será o Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia, em Setembro de 2015.
      O Santo Padre espera do Sínodo que os Bispos ponham em relevo que a família é um bem para os indivíduos e para a sociedade. “A nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do casamento, a grandeza desta realidade humana”… “ O que se nos pede é reconhecer o belo, autêntico e bom que é formar uma família, ser família hoje, como isto é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”.
      Porque a Família é e continuará a ser a célula base da sociedade, chamada a desempenhar a relevante função de assegurar a sua renovação natural e harmoniosa.
      Esta realidade patente e irrevogável é assumida universalmente pelas mais diversas culturas e civilizações; é afirmada pela revelação judaico – cristã; reconhecida de forma implícita pela nossa Constituição da República e, explicitamente, pelo Código Civil Português.
      Deste modo, a Família, fundada no casamento entre um Homem e uma Mulher, tem o direito de ver reconhecida a sua identidade única, incomparável, sem misturas nem confusões com outras formas de convivência.
       Segundo famosos especialistas destas matérias a  homossexualidade, por exemplo, reflete a existência de desvios, problemas sérios de identidade pessoal suscetíveis de resolução, desde que utilizados os meios necessários adequados…
      Afirmar a heterossexualidade como requisito para o casamento, não é discriminar, mas partir de uma realidade objetiva que é o seu pressuposto. O contrário, significa desconhecer a sua essência, ou seja, aquilo que realmente, é.
      A Família, como realidade constituída pelo Homem, a Mulher e os Filhos, foi, desde os inícios da humanidade, protegida pelas sociedades civilizadas, com a instituição do Matrimónio.
      Confirma essa realidade, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que exige “reconhecer o direito do homem e da mulher a contrair matrimónio e a formar uma família”.
Por tudo isto, é responsabilidade de todos nós, proteger e defender este bem precioso da humanidade, que é a família natural!
      Os Bispos Portugueses por sua parte, têm oportunamente alertado  para a campanha ideológica de que tem vindo a ser vítima a família em Portugal.
      Segundo D. Jorge Ortiga, a família “encontra-se exposta ao relativismo dos valores, que têm vindo a degenerar em anti – valores: ruturas familiares, crise social da figura do pai, dificuldade em assumir compromissos estáveis, grave ambiguidade acerca da relação de autoridade entre pais e filhos, o número crescente de divórcios, a praga do aborto, etc., concluindo que é “fundamental que a família descubra, mais uma vez, a sua identidade”.
      Por outro lado, a Igreja tem vindo a afirmar em diversas ocasiões que rejeita todas as formas de discriminação ou marginalização das pessoas e dispõe-se a acolhê-las fraternalmente e a ajudá-las a superar as dificuldades … Contudo, fiel à razão, à palavra de Deus e aos ensinamentos recebidos, a Igreja não pode deixar de considerar que a sexualidade humana, vivida no casamento, só encontra a sua verdade e plenitude na união amorosa de um homem e uma mulher unidos estavelmente, pelo vínculo do Matrimónio.

                                                                                                                        Maria Helena Marques


                                                                                                                       Prof.ª Ensino Secundário

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