quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

"O NATAL, uma profecia de PAZ para o século XXI!"

    É Natal! “Um Menino nos nasceu, um filho nos foi dado” ( Is. 9,5). Essas palavras do Profeta realizaram o Natal de Jesus Cristo.

     Hoje, como nos tempos de Jesus, o Natal não é um conto para crianças, mas a resposta de Deus ao drama da humanidade em busca da paz verdadeira.

      Recordamos a passagem do profeta Miqueias, que trata da vinda do Messias, explicando que o Natal é “uma profecia de paz para cada homem”, para os homens de boa vontade! Recorda que, sobretudo os cristãos, se devem empenhar seriamente, em serem construtores e “semeadores de paz e alegria”.

      Por tudo isto, esta profecia deve empenhar-nos a intrometer-nos no que parece fechado, nos dramas frequentemente ignorados e escondidos, e nos conflitos do ambiente em que vivemos, adoptando os sentimentos de Jesus, para sermos, em todos os lugares, instrumentos e mensageiros da paz.

      Aos cristãos cabe-nos “levar o amor onde há ódio, perdão onde há ofensa, alegria onde há tristeza e verdade onde há erro”, conforme uma conhecida oração franciscana.

      Ele mesmo, Jesus, será a paz. Cabe a cada um de nós abrir o coração, destrancar as portas para acolhê-lo. Aprendamos de Maria e de José: coloquemo-nos com fé ao serviço do desígnio do Senhor. Ainda que não compreendamos plenamente, confiemo-nos à Sua sabedoria e bondade. Busquemos primeiro o Reino de Deus e a Providência nos ajudará...

      Fixando-nos especialmente, na situação da Terra Santa e de Belém, a cidade natal de Jesus Cristo, admitimos que se trata de “ uma cidade – símbolo da paz, na Terra Santa e no mundo inteiro”.

       Mas infelizmente, em nossos dias, esta não representa uma paz alcançada e estável, mas uma paz trabalhosamente procurada e esperada.

      No entanto, não podemos resignar-nos a esta situação e, por isso, também este ano em Belém e no mundo inteiro, se renovará na Igreja o Mistério do Natal. 

      Mistério do Natal! Proposta de salvação para todos os homens, de todos os tempos, de todos os lugares! 

      Alegria e paz, a mensagem mais forte do Natal! Por isso, tal como os pastores de Belém, também cada um de nós é convidado a alegrar-se porque “nasceu para nós, o Salvador do Mundo”!

      Acreditamos escutar uma mensagem transbordante de alegria e digna de todo o apreço: “Cristo Jesus, o Filho de Deus, nasceu em Belém de Judá!”

      Apesar dos “pesares”, dos problemas que nos preocupam, não pode haver lugar para a tristeza, quando acaba de nascer a vida; a mesma que acaba com o temor da mortalidade, e nos infunde a alegria da imortalidade prometida…

      Ninguém deve sentir-se afastado da participação em semelhante gozo; é património comum, um motivo de júbilo!

      A presença do Menino Deus é o amor no meio dos homens; o amor de que andam tão necessitados todos: desde os governantes aos governados e, sobretudo, aqueles que pretendem convencer-se de que estão satisfeitos de tudo…

      Ao contemplá-lo no Presépio meditemos e, sobretudo, agradeçamos este grande mistério; agradeçamos a Deus o seu desejo de abaixar-se até nós para fazer-se entender e amar, e para que nós nos decidamos a fazer-nos também “como meninos, para podermos assim entrar um dia no reino dos céus”…

      Da “cátedra” de Belém, o Menino do Presépio, ensina-nos e aponta-nos o caminho da humildade e simplicidade, para que sejamos capazes de reconhecer e acolher Jesus Cristo nas nossas vidas!

      O sentido teológico da vinda de Cristo não destrói por si só a moldura festiva e a poesia do Natal, mas a redimensiona e a coloca em seu justo contexto: Jesus que nasce é a” Palavra de Deus que se faz carne” (cf. Missal Dominical, pág. 80).

      No dia 25 de Dezembro celebramos o Natal percebendo-o como um tempo de aprofundar, contemplar e assimilar o Mistério da Encarnação do Filho de Deus; como tempo de reconciliação, quando devemos afastar de nós o ódio, o rancor, o ressentimento e a inveja; tempo de recuperar os princípios da vida cristã, refletindo o verdadeiro significado do Natal, sempre muito evocado, mas pouco meditado; tempo de compreender que Deus armou a sua tenda entre nós; o céu desceu à terra. Por amor do Pai fomos contemplados com o maior presente: Jesus na Gruta de Belém!

      Natal é o tempo oportuno para chegar até aos irmãos e irmãs, amigos e amigas, para simplesmente lhes dizer, tendo Cristo no coração: Feliz Natal!...

                                                                                                                       Maria Helena H. Marques
                                                                                                                      Prof.ª do Ensino Secundário         

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