É a Luz mais fulgurante que
irrompe e brilha através das densas trevas e oferece à humanidade sedenta a
verdadeira paz, sobretudo nesta era crivada de ódios, ameaças e guerras,
catástrofes, e execuções consumadas!...
Junto a Maria, a José e aos
pastores no Presépio, adoremos o Menino – Deus, o Príncipe da Paz, que nasceu
para nós, para a humanidade de todas as épocas, até ao Juízo Final. O glorioso
nascimento do Menino Jesus constitui uma inesgotável fonte de salvação. E,
invariavelmente – sobretudo neste ano tão atravessado por ameaças, convulsões e
terrores – o convite que nesta festividade mais uma vez é feito aos homens vem
carregado de promessas. Junto ao Divino Infante pode-se encontrar a verdadeira
paz, como aconteceu com os pastores e os Reis Magos: Movidos por um sopro do
Espírito Santo, abandonaram os seus afazeres e puseram-se a caminho em busca da
Paz Absoluta, para adorá-la. Esse mesmo convite nos é dirigido a nós na noite
de hoje. “Venite adoremus”, pois a graça de Deus, o nosso Salvador, apareceu
para todos os homens”…
No Natal a eternidade e a
humanidade abraçaram-se. O Deus – Menino veio ao nosso encontro tornando-se um de nós, na gruta de Belém. Por Ele somos
convidados a ir ao encontro de Deus e dos irmãos mais pequeninos e feridos do
nosso tempo, que precisam do nosso acolhimento, amor e ajuda.
Na pobreza do Presépio de
Belém, recebemos o convite para o desprendimento do supérfluo e o compromisso
com os mais necessitados. Por isso mesmo, o Natal de Jesus é ensinamento e
mais, uma ordem…É na pessoa desses “ pequeninos”, que também hoje Jesus espera
e quer ser reconhecido, acolhido, hospedado e amado. Sem dúvida, celebrar o
Natal de Jesus não consiste apenas em recordarmos que Jesus nasceu na história
humana, mas que Ele ontem, hoje e sempre quer e precisa nascer no nosso
coração, nas nossas famílias, comunidades e no mundo.
Desde sempre nos encantou
ver as ruas, lojas, casas e as igrejas das nossas cidades e aldeias com
enfeites e luzes! O Presépio nas famílias e ruas das cidades fala-nos do
cumprimento da promessa de salvação feita por Deus, enviando-nos o Messias
prometido, esperado e anunciado através dos profetas.
É o presépio que nos indica
que o homenageado principal da festa é e deve ser sempre Jesus. Faz-nos bem
reconhecer e sentir que apesar das
pressões da recordação do consumismo das últimas décadas no tempo natalício,
somos despertados para a esperança de um mundo melhor.
E o Natal de Jesus é um
sinal permanente que nos fala do amor de Deus mas ao mesmo tempo nos interpela
com a pergunta: que lugar o Deus-Menino da gruta de Belém ocupa hoje na minha
vida? Infelizmente devemos reconhecer que, para alguns de nós, mesmo cristãos,
Ele ainda não é a prioridade da festa natalícia!
A Bíblia relata que Jesus
no seu tempo veio ao mundo e que os seus não O reconheceram e, por isso, não O
acolheram.
Perguntemo-nos: hoje é
diferente?!
O que devemos fazer para
que o verdadeiro Natal de Jesus, não se transforme apenas num tempo de consumo
ou num banquete de família?
Jesus nasceu na gruta de
Belém e quer hoje nascer na gruta do nosso coração! Que lugar Lhe reservamos?
Como o preparamos?!
No nosso tempo em que
abundam dificuldades e carências de todo o género, Jesus espera também ser
reconhecido nos pobres, nos doentes e nas crianças feridas e abandonadas pelo
mundo! Nunca o esqueçamos: “Tudo o que fizeres ou deixares de fazer a um dos
meus irmãos mais pequeninos é a Mim que o fazes”…
Estamos em vésperas do
Natal. A celebração alegre do Nascimento de Cristo, em cada ano não depende das
condições sociais e individuais do momento.Quanto maior for a angústia, tanto mais cresce a expetativa
de uma superação do mal-estar reinante, através da comemoração do Natal de
Jesus.
O Natal é um apelo dirigido
a cada um, no sentido de viver e anunciar a mensagem do Presépio. Recordemos as
lições esquecidas que brotam da mangedoura: Há ali um ambiente religioso, com a
presença do Menino – Deus, de seus Pais – Maria e José – as vozes dos Anjos, a
homenagem dos Pastores, dos Magos…Vislumbra-se uma magnífica riqueza, através
da pobreza do estábulo. A felicidade que tem o seu lugar ali no meio da
carência de bens materiais: reconhecemos até o início do itinerário da Redenção
da Humanidade: da Gruta de Belém ao suplício do Gólgota, à vitória da
Ressurreição… até ao Pentecostes!
E Maria Santíssima aí
estava sempre presente!
Figura amável, materna, que
está e continua, também nos nossos dias, na História da Igreja e da Humanidade
e que assim permanecerá até ao fim dos tempos!
Feliz Natal!
Maria Helena Marques
Prof.ª
Ensino Secundário
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