segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Com a “ pedra angular”, enraizados na Fé …

      Caminhamos a passos largos para a abertura do Ano da Fé proclamado pelo Papa Bento XVI, e logo no início de uma simples reflexão sobre o acontecimento, reconhecemos que, sem sombra de dúvida, o Catecismo da Igreja Católica é a pedra angular que nos mantém enraizados na fé.

      O Ano da Fé começará no dia 11 de Outubro de 2012, no 50.º Aniversário da inauguração do Concílio Vaticano II, e terminará em 24 de Novembro de 2013, na Solenidade de Cristo Rei do Universo; comemora-se também o 20. -º Aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

      Através de uma sucinta análise à sociedade em que vivemos, reconhecemos ser absolutamente necessária uma verdadeira recepção e estudo do catecismo de tal modo que se converta em um fundamento e veículo para a transmissão dos conteúdos da fé. Conteúdos imprescindíveis para a preparação dos Sacramentos que recebemos, particularmente o Sacramento da Eucaristia e o Sacramento da Penitência; para o plano de formação e programas didáticos das aulas de Religião para os jovens e para os menos jovens…

       O Catecismo reconhecido como a “fonte de fé “ assistida pelo Espírito Santo, é um legado do Papa Beato João Paulo II que, em 1985, pediu a criação do Catecismo durante o vigésimo aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II, em sessão extraordinária do Sínodo dos Bispos para agradecer os enormes frutos espirituais nascidos do Concílio.

      O Catecismo da Igreja Católica é a exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica, e pelo Magistério eclesiástico, e um excelente fruto da renovação iniciada no Concílio Vaticano II.

      Esta renovação que tem vindo a ser designada como “A Nova Evangelização” deve começar connosco como um processo que se inicia em cada pessoa e que possa responder ao desafio da crise de fé na atualidade. O mundo de hoje procura na Igreja e, por conseguinte – em cada um de nós – a palavra de vida e de esperança, a verdade que nos faz verdadeiramente livres.

      Na “Porta da Fé”, o Papa salienta que quer para todos nós, porque batizados, “uma nova conversão para aprofundarmos mais na vida espiritual e no compromisso com o Evangelho para podermos enfrentar o desafio da crise de fé”…

      Deste modo, as pessoas que devem ser evangelizadas primeiro, somos nós mesmas. A nova evangelização começa nos nossos corações: no teu e no meu. Só assim será possível a renovação na Igreja!

      Para dar vida a este processo, precisamos todos – clérigos e leigos – de viver a coragem da humildade e de cada um no seu ambiente conhecer e transmitir aquilo em que acredita e por que acredita, e que não tenha medo de defender os valores da fé na praça pública, não dando importância aos obstáculos que a nossa sociedade descristianizada, secularizada, apresente. São insdispensáveis homens e mulheres em todas as áreas da vida social que, pelo simples testemunho da sua fé católica – fé com obras! -, possam abrir os corações de outros ao amor de Deus e abrir as suas mentes à beleza e  verdade da mensagem cristã.

      A feliz iniciativa de celebrar o “Ano da Fé” tem como primordial objetivo “precisamente, dar um renovado impulso à missão de toda a igreja de conduzir os homens para fora do deserto em que muitas vezes se encontram, rumo ao lugar da vida, a amizade com Jesus Cristo, que nos dá a sua vida em plenitude”, explicou o Papa. Esse “Ano da Fé”, prosseguiu, “será um momento de graça e de compromisso para uma conversão a Deus cada vez mais plena, para reforçar a nossa fé n`Ele e para anunciá – lO com alegria aos homens da nossa época”.

      O Pontífice recordou ainda que “a missão da Igreja, como a de Cristo, é essencialmente falar de Deus, recordar a Sua soberania a todos, – especialmente aos cristãos que perderam a sua identidade – o direito de Deus sobre o que Lhe pertence, isto é, a nossa vida”.

                                                                                                                           Maria Helena H. Marques
                                                                                                                           Professora Ensino Secundário

 

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