domingo, 9 de setembro de 2007

“Reabilitar a Paternidade” I

Vozes de alerta contra a ausência do pai na família

Agora que falta o pai em muitas famílias e que, regra geral, os pais passam pouco tempo com os filhos, aparecem os psicólogos e sociólogos a pôr em relevo a importância da função paterna na família.

Uma paternidade bem entendida e assumida permitiria, entre outras coisas, uma melhor repartição das tarefas do lar, para facilitar a vida às mães que distribuem o seu tempo entre a família e a profissão.

Reabilitar a figura do pai significa reforçar a unidade familiar e a identidade do varão, conforme têm posto em relevo diversos estudos recentes.

A principal causa da ausência paterna é o divórcio, que na maior parte dos países ocidentais continua a aumentar.

A falta do pai supõe para as crianças perder protecção física, recursos económicos e um modelo masculino para os rapazes, além da companhia e do afecto.

À ausência do pai são atribuídos alguns problemas sociais como o aumento da delinquência e do consumo de drogas entre os jovens, ou muitos casos de insucesso escolar.

Esta versão é sustentada por uma informação da Universidade de Newcastle, publicada no ano anterior. Afirma que na Grã-Bretanha (o país europeu onde existem mais famílias monoparentais), o abandono das responsabilidades paternas foi a principal alteração que experimentou a família nas últimas décadas.


A informação refere que essa mudança é a causa mais importante – mais que outros factores sociais- do aumento da delinquência juvenil: a pobreza ou o desemprego eram mais graves nos anos 20 que nos 80, mas o índice de criminalidade actual é mais elevado.


Por outro lado, em muitos casos, a pobreza ou a diminuição do rendimento familiar procede do divórcio.

Um enérgico sinal de alarme pela crise de paternidade foi nos Estados Unidos o livro Fatherless America, do director do Institute for American Values de Nova Iorque, David Blankenhorn. Blankenhorn sublinhou, com dados, a crescente falta do pai nas famílias, que tem como consequência a proliferação de divórcios e de mães solteiras.

Aceprensa 107/98




Tradução e adaptação: Maria Helena H. Marques
Professora do Ensino Secundário

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