Uma “ Mensagem” para os Pais ...

Os Pais são e serão sempre os primordiais educadores dos seus Filhos e os principais responsáveis pela sua educação! É, sem dúvida, uma missão sublime e exigente, que não os dispensa do exercício da sua autoridade, assim como da sua responsabilidade!

Todos reconhecemos que a televisão é um dos meios de comunicação mais difundidos na sociedade actual, além de ser o veículo de maior acessibilidade.
Verificamos também que a utilização da televisão pode trazer alguns benefícios, no entanto, oferece potenciais riscos prejudiciais que não se podem descuidar...
É urgente que a formação acerca dos “mass media”, tenha início já na infância através da família e da escola. Cabe-nos a todos, a responsabilidade de proporcionar aos jovens todas as informações necessárias de modo a reduzir os efeitos negativos que a televisão pode causar.
Todos os meios de comunicação social, principalmente a televisão, exercem um papel importante na formação dos valores e comportamentos sociais do ser humano.
As pessoas expostas a intermináveis horas à televisão, podem ser, facilmente, influenciadas pelas mensagens transmitidas; as crianças e os jovens são sempre os sectores mais atingidos pois, não conseguem distinguir, criteriosamente, o que é benéfico ou prejudicial.
Os efeitos negativos são extremamente preocupantes não apenas pelo conteúdo de violência física, moral, mas também de violência psíquica, para além de consumir um tempo considerável que poderia e deveria ser aplicado a outras actividades mais saudáveis, como o estudo, leituras, exercícios físicos e outros.
As crianças e adolescentes que vêem televisão durante horas ou consomem música, vídeos e outros materiais audiovisuais sem limite, têm maior propensão para a obesidade, consumo de tabaco e álcool, além de outros hábitos pouco saudáveis. (Conclusões de um estudo difundido por Common Sense Media, entidade americana que pretende melhorar os meios de comunicação e entretenimento infantil).

A informação faz uma análise dos 173 estudos sobre saúde e o uso desses meios nas últimas três décadas. Revela que existe uma ” forte correlação entre a exposição aos meios de comunicação e os problemas de saúde das crianças, a longo prazo”, (Director do Departamento de Bioética Clínica dos National Institutes of Health e um dos autores da investigação; 80% dos estudos).
As conclusões mais rotundas referem-se à existência da obesidade infantil entre os espectadores mais assíduos. O consumo de tabaco e uma precoce actividade sexual em crianças e adolescentes, também se relaciona com o impacto dos meios em proporções idênticas.
A investigação, em que também participaram a Faculdade de Medicina da Universidade de Yale e a California Pacific Medical Center, assegura, além do mais, que existe uma correlação entre o uso da televisão, música, filmes e outros conteúdos dos meios, com o consumo de drogas ou álcool e com o baixo rendimento escolar dos jovens.

As conclusões destacam a presença quase contínua dos meios de comunicação na vida de crianças e adolescentes. “A média de exposição é de umas 45 horas por semana, contra as 17 passadas com os pais ou as 30 na escola”, assegura a informação.
Para o presidente de Common Sense Media, James P. Steyer, o estudo pretende ser uma chamada de atenção aos pais, não tanto para impedir o uso dos meios, mas antes para potenciar os seus efeitos positivos e reduzir ao mínimo os negativos. Esta entidade que não tem o objectivo do lucro, recomenda aos pais que limitem a quantidade de tempo que os filhos passam diante do ecrã e estejam atentos ao que eles vêem.
Ao mesmo tempo, sugere que as crianças “dediquem mais tempo a jogar em vez de ver apenas e que pratiquem jogos reais e não virtuais”.
Common Sense Media propõe ainda que, nas escolas, se ensine como ser “consumidores inteligentes de conteúdos audiovisuais”, pois que elas têm um papel singular “ajudando os menores e os pais a utilizar os meios e a equilibrar o seu uso conveniente.
Propõem ainda, o aumento da investigação sobre os meios utilizados e a infância já que existem muitos estudos sobre o impacto da televisão e dos filmes, mas em contrapartida, há poucos s sobre os novos meios, como Internet, os videojogos e os telemóveis.

Outro campo a que é também urgente prestar atenção, é o dos conteúdos dos meios de comunicação, muitas vezes altamente prejudiciais para todos, já que, geralmente, não se estuda a qualidade mas apenas a quantidade de horas consumidas pelos telespectadores-jovens.

Adaptação
Maria Helena H. Marques
Professora do Ensino Secundário